domingo, 11 de janeiro de 2009

Operação comercial do primeiro híbrido completará dez anos

Pensado em 1996 como uma proposta de solução para a possível falta de energia que acometeria o País na época, o primeiro ônibus híbrido brasileiro completará dez anos em 2009. Há quase treze anos, essa tinha sido a aposta de Antonio Vicente A.
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Souza e Silva, hoje, diretor de desenvolvimento da Eletra –Tecnologia em Tração Híbrida, para o futuro do transporte no Brasil. Na ocasião, a preocupação era em relação aos trólebus que utilizavam a rede elétrica para operar. Com isso, a Eletra buscou soluções em vários países que tinham um modelo de transporte alternativo e, com um investimento da ordem de US$ 6 milhões, desenvolveu, de forma pioneira, a tecnologia híbrida no País.
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Em 1999, o veículo começou a funcionar. No entanto, atualmente, prestes a completar uma década, a solução supre uma outra necessidade muito mais evidente – a redução de emissão de poluentes na atmosfera. Para Ieda Maria Alves, Gerente Comercial da Eletra, a principal vantagem do veículo híbrido é a emissão quase zero de material particulado – a famosa fumaça preta. “Os centros urbanos têm que enxergar a emissão de particulados com mais responsabilidade. O que mata as pessoas é a fumaça que respiramos”, atenta.
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Conforme informou Alves, em São Paulo existem 40 ônibus operando em atividade comercial, ou seja, no transporte de passageiros de forma regulamentada. Para ela, o que impede o maior número desse tipo de veículo nas ruas diz respeito à Política Pública. “Esses ônibus são mais caros que os convencionais. Hoje, o prazo de concessão de cinco anos não permite que empresas tenham tempo útil para investir em tecnologia. Nesse caso, não há tempo para repor os investimentos aplicados”, explicou. Alves acredita que as vantagens para a saúde da população compensariam o investimento na tecnologia.
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“O grande benefício do híbrido é que se deixa de emitir fumaça. A emissão de particulados é diminuída em 90%. Somente isso já valeria qualquer tipo de incentivo para que essa tecnologia estivesse mais presente tanto no segmento de ônibus quanto no de caminhões”, declara. Para agregar, as novas possibilidades em combustíveis alternativos como o B5, B20 e etanol contribuiriam ainda mais, de acordo com a gerente. “Quanto mais limpo o combustível, maior é a redução de partículas poluentes.
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As emissões podem até chegar a zero”, disse, embora a empresa ainda não tenha realizado uma pesquisa comparativa entre o diesel e outros tipos de combustível, no que diz respeito à redução de emissão de poluentes. Segundo Alves, em fevereiro a companhia iniciará as operações com etanol na solução híbrida. Custo-benefício em manutenção Para a gerente, as vantagens da utilização do híbrido se estendem para além da preservação do meio ambiente.
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O veículo é construído sem câmbio, mas agrega frenagem pneumática e elétrica, o que possibilita um índice de manutenção 30% menor, garantiu Alves. Esse sistema de freio, segundo a empresa, é de quatro a cinco vezes mais durável que o convencional. “Nesse caso, o controle eletrônico de aceleração não permite que o ‘estresse’ do motorista seja transferido para o veículo. Mesmo que o condutor pise fundo no acelerador, o ônibus sairá sempre na mesma velocidade.
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O veículo é feito para ter uma durabilidade muito maior que os outros” detalha. Energia própria “A função da tecnologia é sempre gerar energia. A tração do veículo é sempre o motor elétrico”, observou a gerente ao explicar como é o funcionamento do híbrido. Segundo ela, a tecnologia une um sistema moto-gerador e a energia das baterias, que resultam em uma solução limpa. “O híbrido é muito parecido com a tecnologia utilizada no trólebus – só que este tem sua fonte de energia em uma rede de eletricidade e o outro não”.
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Ela conta que, no caso da tecnologia híbrida, quando o grupo moto-gerador não fornece a força necessária para determinadas aplicações, como, por exemplo, em subidas, em condições de carga total ou com muitos passageiros, o sistema do veículo recorre à energia da bateria. Com isso, a empresa primou pelo desenvolvimento de um sistema eletrônico inteligente, “que reabastece as baterias independentemente, por meio do moto-gerador, sem a interferência do motorista, quando o ônibus está parado”.
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“Uma das principais vantagens do ônibus híbrido é que ele opera em condição de rotação estacionária, na qual não há emissão de poluentes porque não há a combustão comum da aceleração do veículo convencional a diesel.
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O motor está acoplado ao moto-gerador e está sempre estacionário”, diz Alvez. Conforme declarou, a tecnologia é capaz de ser empregada em qualquer condição de transporte de passageiros ou de carga nos maiores centros urbanos, já que a única restrição seria em relação a declives muito acentuados. Mas a tecnologia atende rampas de até 12%, a porcentagem mais densa nas grandes cidades.
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Fonte: Redação Webtranspo
Reportagem de Milbus

Ônibus de SP e RJ já viajam com diesel menos poluente

A primeira fase do acordo judicial firmado entre Ministério Público Federal (MPF), empresas e órgãos federais para redução do nível de enxofre do diesel vendido no Brasil está sendo cumprido. De acordo com os sindicatos de empresas de transporte coletivo de São Paulo e Rio de Janeiro, os ônibus que circulam nas duas maiores cidades do País já estão sendo abastecidos com um combustível menos poluente e com quantidade de enxofre 90% menor do que o utilizado até o final de 2008.
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Firmado em setembro, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estipula que as frotas de ônibus dos dois municípios são as primeiras a usar o diesel menos poluente, sundo informou a Agência Brasil. Desde 1º de janeiro, eles não podem mais rodar com o combustível tipo S500 - com 500 partes de enxofre por milhão de partes (ppm) de diesel.
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Só podem usar o diesel S50 - com 50 ppm de enxofre. Somente em São Paulo são 8.400 ônibus que são utilizados no transporte coletivo da cidade.As próximas fases do TAC prevê para 1º de maio a substituição de todo diesel vendido em Belém, Fortaleza e Recife. A partir de agosto, será a vez da substituição do diesel dos ônibus que rodam em Curitiba.

Fonte: Agência Estado

Azul vende bilhetes 36% mais baratos que ônibus

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras informou hoje que colocou a venda 10 mil bilhetes com preços até 36% mais baratos do que as passagens de ônibus, para diversos destinos a partir de Vitória, Curitiba e Campinas.
As passagens serão vendidas em até seis vezes sem juros. Com a operação será possível sair de Curitiba com destino a Campinas por R$ 51, para trecho ida e volta. Ao passo que a passagem de ônibus custa R$ 55.
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Além deste, a promoção também inclui outros destinos como Curitiba/Salvador por R$ 239; Curitiba/Vitória por R$ 129 e Curitiba/Porto Alegre que sai no valor de R$ 79.
Já nos voos de Vitória para Campinas, as passagens estão com o mesmo preço cobrado pelas empresas de ônibus, R$ 119. De Vitória a Salvador o valor é de R$ 159; Vitória/Porto Alegre a passagem sai por R$ 209, enquanto que de Vitória para Curitiba sai por R$ 129.
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A Azul informou ainda que a promoção é válida para embarque até 27 de fevereiro, porém as compras devem ser feitas até 31 de janeiro. O objetivo da empresa com a promoção é elevar o número de pessoas viajando de avião pelo país.
Em comunicado, Pedro Janot, presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, afirmou que a expectativa de vendas é grande porque o tempo e o preço representam excelente custo- benefício. (Redação - InvestNews)