Pensado em 1996 como uma proposta de solução para a possível falta de energia que acometeria o País na época, o primeiro ônibus híbrido brasileiro completará dez anos em 2009. Há quase treze anos, essa tinha sido a aposta de Antonio Vicente A.
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Souza e Silva, hoje, diretor de desenvolvimento da Eletra –Tecnologia em Tração Híbrida, para o futuro do transporte no Brasil. Na ocasião, a preocupação era em relação aos trólebus que utilizavam a rede elétrica para operar. Com isso, a Eletra buscou soluções em vários países que tinham um modelo de transporte alternativo e, com um investimento da ordem de US$ 6 milhões, desenvolveu, de forma pioneira, a tecnologia híbrida no País.
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Em 1999, o veículo começou a funcionar. No entanto, atualmente, prestes a completar uma década, a solução supre uma outra necessidade muito mais evidente – a redução de emissão de poluentes na atmosfera. Para Ieda Maria Alves, Gerente Comercial da Eletra, a principal vantagem do veículo híbrido é a emissão quase zero de material particulado – a famosa fumaça preta. “Os centros urbanos têm que enxergar a emissão de particulados com mais responsabilidade. O que mata as pessoas é a fumaça que respiramos”, atenta.
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Conforme informou Alves, em São Paulo existem 40 ônibus operando em atividade comercial, ou seja, no transporte de passageiros de forma regulamentada. Para ela, o que impede o maior número desse tipo de veículo nas ruas diz respeito à Política Pública. “Esses ônibus são mais caros que os convencionais. Hoje, o prazo de concessão de cinco anos não permite que empresas tenham tempo útil para investir em tecnologia. Nesse caso, não há tempo para repor os investimentos aplicados”, explicou. Alves acredita que as vantagens para a saúde da população compensariam o investimento na tecnologia.
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“O grande benefício do híbrido é que se deixa de emitir fumaça. A emissão de particulados é diminuída em 90%. Somente isso já valeria qualquer tipo de incentivo para que essa tecnologia estivesse mais presente tanto no segmento de ônibus quanto no de caminhões”, declara. Para agregar, as novas possibilidades em combustíveis alternativos como o B5, B20 e etanol contribuiriam ainda mais, de acordo com a gerente. “Quanto mais limpo o combustível, maior é a redução de partículas poluentes.
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As emissões podem até chegar a zero”, disse, embora a empresa ainda não tenha realizado uma pesquisa comparativa entre o diesel e outros tipos de combustível, no que diz respeito à redução de emissão de poluentes. Segundo Alves, em fevereiro a companhia iniciará as operações com etanol na solução híbrida. Custo-benefício em manutenção Para a gerente, as vantagens da utilização do híbrido se estendem para além da preservação do meio ambiente.
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O veículo é construído sem câmbio, mas agrega frenagem pneumática e elétrica, o que possibilita um índice de manutenção 30% menor, garantiu Alves. Esse sistema de freio, segundo a empresa, é de quatro a cinco vezes mais durável que o convencional. “Nesse caso, o controle eletrônico de aceleração não permite que o ‘estresse’ do motorista seja transferido para o veículo. Mesmo que o condutor pise fundo no acelerador, o ônibus sairá sempre na mesma velocidade.
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O veículo é feito para ter uma durabilidade muito maior que os outros” detalha. Energia própria “A função da tecnologia é sempre gerar energia. A tração do veículo é sempre o motor elétrico”, observou a gerente ao explicar como é o funcionamento do híbrido. Segundo ela, a tecnologia une um sistema moto-gerador e a energia das baterias, que resultam em uma solução limpa. “O híbrido é muito parecido com a tecnologia utilizada no trólebus – só que este tem sua fonte de energia em uma rede de eletricidade e o outro não”.
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Ela conta que, no caso da tecnologia híbrida, quando o grupo moto-gerador não fornece a força necessária para determinadas aplicações, como, por exemplo, em subidas, em condições de carga total ou com muitos passageiros, o sistema do veículo recorre à energia da bateria. Com isso, a empresa primou pelo desenvolvimento de um sistema eletrônico inteligente, “que reabastece as baterias independentemente, por meio do moto-gerador, sem a interferência do motorista, quando o ônibus está parado”.
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“Uma das principais vantagens do ônibus híbrido é que ele opera em condição de rotação estacionária, na qual não há emissão de poluentes porque não há a combustão comum da aceleração do veículo convencional a diesel.
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O motor está acoplado ao moto-gerador e está sempre estacionário”, diz Alvez. Conforme declarou, a tecnologia é capaz de ser empregada em qualquer condição de transporte de passageiros ou de carga nos maiores centros urbanos, já que a única restrição seria em relação a declives muito acentuados. Mas a tecnologia atende rampas de até 12%, a porcentagem mais densa nas grandes cidades.
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Fonte: Redação Webtranspo
Reportagem de Milbus
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