Após três meses de espera parte dos novos ônibus (48 dos 180 carros) das quatro empresas contratadas emergencialmente pela Urbes Trânsito e Transportes estarão nas ruas servindo dez diferentes linhas, a partir das quatro horas da madrugada desta 5ª feira (19).
Pelo menos era essa a previsão da Urbes Trânsito e Transportes e do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região até a noite de ontem. Nem mesmo o jurídico da Transporte Coletivo Sorocaba (TCS), empresa que perdeu as dez linhas da concessão a partir de hoje, duvidava disso no início da noite de 4ª feira (18).
“Vamos acionar a Justiça mas até o momento não movemos nenhuma medida cautelar”, dizia o advogado Marco Antonio Rovito. A intenção é que a partir de segunda-feira haja a substituição em mais linhas, gradativamente, até trocar toda a frota dos ônibus da TCS pelas emergenciais. Nos novos veículos estão os mesmos trabalhadores que já faziam essas linhas. E a greve anunciada pelo Sindicato fica descartada.
Ontem a Urbes informou que a ausência de solução amigável ou judicial, até o momento, bem como a ameaça de paralisação em parte do sistema pelo Sindicato, levaram a Urbes a promover a emissão das ordens de serviços às quatro empresas contratadas para o inicio dos serviços em caráter emergencial: Auto Ônibus São João, Jundiá Transportadora Turística, Empresa de Ônibus Rosa e Empresas Reunidas Paulista de Transportes.
Com relação às questões trabalhistas, a Urbes divulgou que a contratação dos trabalhadores da TCS respeita um compromisso formal, que consta das propostas de trabalho das empresas contratadas emergencialmente. Agora eles têm dois registros simultâneos em suas carteiras de trabalho, um da TCS e outro de uma das novas empresas que fez as contratações. A alegação da Urbes era que a nova frota só não saía às ruas porque a TCS recusava-se a rescindir os contratos com os trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, Paulo João Estausia, diz que a greve fica descartada a partir de hoje, se os ônibus estiverem nas ruas. O Sindicato anunciou a greve na quarta-feira para início na próxima segunda-feira, justificando a falta de segurança dos ônibus da TCS que estavam sendo usados pela intervenção da Urbes. O próprio presidente do Sindicato citou que a TCS deve tentar uma decisão liminar na Justiça para suspender cautelarmente a prestação dos serviços das novas empresas. O presidente do Sindicato declarou que as empresas emergenciais vão contratar todos os funcionários da TCS com os mesmos salários e benefícios.
Quanto ao registro na carteira de trabalho em duas empresas simultaneamente, o presidente do Sindicato citou que segue uma sugestão da própria Justiça do Trabalho. Declarou que a TCS não pode demitir os trabalhadores por justa causa porque, a partir do momento que ela não tem mais as linhas, também não pode exigir a permanência de motoristas para fazer qualquer outra coisa que não seja dirigir os ônibus. “A legislação proíbe que esses trabalhadores fiquem ociosos dentro da empresa porque configura um tipo de castigo, eles têm que estar desempenhando as atividades deles”, citou Estausia.
Linhas
Na terça-feira a TCS divulgou que a partir da zero hora de hoje cessaria a operação de dez linhas da TCS. As linhas operadas pelas novas empresas são: Linha 02 - Brasilândia; Linha 03 - Nova Esperança; Linha 05 - Vila Carvalho / Vila Fiori; Linha 14 - Santa Rosália; Linha 19 - Progresso; Linha 26 - Ipanema / Bom Jesus; Linha 28 Mineirão; Linha 58/1 - Vitória Régia /Sorocaba Park / Jardim Cardoso; Linha 59 - Maria Eugenia; Linha 75 Campininha. Os novos ônibus são equipados com elevador para deficientes, câmeras de monitoramento em tempo real, só andam com as portas fechadas que só abrem ou fecham quando o veículo estaciona.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
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